Por KARA SWISHER
É provável que a tão antecipada oferta inicial de ações da Facebook Inc. ocorra na terceira semana de maio, segundo várias pessoas a par do assunto.
Isso significa que a empresa de redes sociais deve apresentar seus documentos para a abertura de capital às autoridades de mercado no mês que vem, já que a revisão pela SEC, a comissão de valores mobiliários americana, normalmente leva cerca de três a quatro meses.
Isso, se não houver problemas, é claro, como um mercado turbulento ou o surgimento de dúvidas espinhosas entre as autoridades reguladoras que exijam uma nova apresentação de documentos.
A Groupon Inc., por exemplo, entrou com pedido para sua abertura de capital no início de junho, mas só fez sua oferta inicial de ações cinco meses depois, em novembro.
Obviamente, a previsão de uma abertura de capital para o final de maio (ainda que eu tenha falado com 143 pessoas sobre isto) pode ir por água abaixo se os executivos da Facebook decidirem mudar de planos no último minuto.
De qualquer forma, espera-se que a abertura de capital da Facebook seja uma das maiores já feitas por uma empresa de internet; alguns calculam que a empresa captará US$ 10 bilhões e terá um valor de mercado de US $ 100 bilhões.
Esse montante, supostamente, está relacionado ao enorme crescimento da base de usuários do site Facebook e também a uma explosão de receita. O número de usuários é hoje de 800 milhões e é provável que alcance um bilhão este ano. E a previsão é de que o faturamento, que teria ficado próximo de US$ 4 bilhões em 2011, cresça outros 30% em 2012.
A Facebook necessitará desse empurrão para impressionar os investidores, embora a liderança executiva do site de redes sociais ainda diga que o foco são os produtos, não os dólares. E Mark Zuckerberg e sua equipe precisarão do peso de uma oferta inicial de ações bem-sucedida mais do que nunca, à medida que se acirra a batalha entre o Facebook e seus rivais, sobretudo o Google.
Na semana passada, o gigante das buscas inseriu seu próprio serviço de rede social, o Google +, nos resultados, uma medida com potencial de pôr o Facebook em severa desvantagem.
A entrada estratégica em Wall Street para obter uma pilha gigante de dinheiro é necessária. Mas, ao contrário da peculiar abertura de capital da Google em 2004, pessoas familiarizadas com a Facebook dizem que a empresa provavelmente seguirá um roteiro mais tradicional para emitir suas ações.
É provável que a abertura de capital inclua um consórcio de banqueiros de investimento — grandes nomes como Goldman Sachs e Morgan Stanley e uma série de outras menores, como Allen & Co.
E, embora o fundador Mark Zuckerberg seja o principal porta-voz da abertura de capital, o homem que precisa ser observado é o diretor financeiro David Ebersman. Executivo de longa data da empresa de biotecnologia Genentech que entrou para a Facebook em 2009, Ebersman vem fazendo todo o trabalho pesado na preparação para a oferta de ações, segundo pessoas a par do assunto, e continuará a fazê-lo. A Facebook não quis fazer comentários para este artigo.
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