O dia amanhece e na janela um pássaro anuncia a todos os cantos do mundo em poucas palavras a realidade em tempo real.
O livro de cabeceira está lá, bem junto, na capa o nome combina com o perfil de tod@s. Todos eles cabem no bolso, na bolsa, levamos na palma da mão em nossas pequenas maravilhas com telas interativas e teclas mágicas!
Uma nova dimensão de realidades sobrepostas e enviadas a distâncias inimagináveis e possivelmente eternizadas em nuvens. Uma fábrica de idéias e informações que mobilizaram primaveras no deserto e com certeza estão colocando em xeque o sistema.
O carteiro, aquela figura simpática que aparece no portão já se tornou uma imagem antiga, até mesmo saudosista.
Uma nova realidade onde um jovem meio sem graça consegue se tornar um milionário e ter o mundo todo nas pontas dos dedos.
Lembro-me de quando o homem foi à lua, imagens em preto e branco na TV mostraram os enormes computadores da NASA. Em menos de 50 anos a revolução das comunicações tomou proporções gigantescas.
O que vemos hoje, o sucesso absoluto das redes sociais, foi uma seqüência bem sucedida de uso da tecnologia e apropriação do poder do coletivo de se comunicar com o mundo sem intermediários.
A internet se popularizou a partir dos anos 90. No início bastante utilizada de forma institucional por empresas e governos.
O resultado é bastante interessante, há similaridade comparando o período histórico atual com o período histórico após e durante a primeira e segunda guerras mundiais, quando pela primeira vez cidadãos comuns tiveram acesso às imagens de guerra, inclusive filmes; ocorreu que o mundo como um todo decidiu não promover a 3ª guerra mundial. As imagens foram fortes argumentos para que o mundo tomasse consciência dos danos e dores deste flagelo. Guerras anteriores não tiveram registros áudio visuais...
Entretanto, voltando à nossa contemporaneidade, a internet se popularizou a partir dos anos 90. No início bastante utilizada de forma institucional por empresas e governos. Ocorre que em nosso tempo a realidade nos chega sem qualquer censura (com algumas exceções), Os questionamentos mundiais atuais têm como mola propulsora a disseminação da informação e reflexão coletiva.
O século 21 abriu a era das redes sociais e sem dúvida a revolução deste século é realmente a revolução interior e individual compartilhada com o mundo e devolvida com a reflexão necessária e a adesão de todo o círculo que dividiu tais informações. Sem intermediários, sem o fluxo de caixa, pois a priori as redes sociais não objetivam circulação financeira. Entretanto um outro fenômeno vem surgindo, tal qual no advento do movimento Hippie que foi absorvido e descaracterizado pela indústria da moda na década de 70, após a guerra do Vietnã.
Tal qual a rapidez da tecnologia avança a contra reação do sistema às redes sociais e seu poder incontestável é envolvê-las em mecanismos financeiros. É necessária atenção para não sermos seduzidos por tal tendência.
Mas o que será que mudou? Não sei, mas talvez eu seja...
Agora, podemos indubitavelmente utilizar a frase: “Somos todos um”.
Deise Nascimento 26/10/2011/Campinas/SP/Brasil
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